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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Enquanto isso...

Enquanto trabalhamos na preparação da edição de " O Mergulho", o nosso rio dá sinais de que muita água ainda pode rolar. Nos últimos dias o rio Acre chegou próximo da sua cota de alerta, o que deixa a população ribeirinha temerosa. Veja a sequência de fotografias feitas no último domingo dia 4 de Janeiro.

É muita água...

... e sempre um mergulho...


...e outro...


...até chegar quase lá.
Fotografias de Silvio Margarido







segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Mergulhos


Quase no fim de uma semana um tanto quanto conturbada e cheia de imprevistos, partimos para uma das últimas viagens pelo Rio Acre. Na quinta-feira (27/11), saímos a procura do senhor Roberci, um ribeirinho que conhecemos no porto do mercado e que é um dos personagens do documentário. Muita chuva, lama e atoleiro no caminho, mas chegamos. A casa do senhor Roberci era do lado oposto do rio, mas bastou um grito "Senhor Roberci!",e ele pegou seu batelão e foi até onde estávamos para acertar a data da filmagem, e para nossa surpresa, teríamos que ir até a casa dele já no dia seguinte.


aprôa

Sexta-feira de manhã, muita correria para produzir a viagem até a casa do senhor Roberci, pois esta exigia uma estrutura maior já que iríamos de barco e dormiríamos na casa do senhor Roberci. Partimos por volta do meio-dia e, no caminho, paramos na casa do senhor Gentil para gravar uma entrevista com ele. A entrevista foi ótima, e a esposa dele, dona Marina, acabou participando da gravação também e ainda nos ofereceu um suco geladinho!

Pedro registrando a viagem

Saindo de lá, continuamos a navegar e durante a viagem o nosso diretor preparava nosso almoço... Estávamos todos ansiosos pela tal da macarronada. Também pudera, já passava das 14h...

o projeto de macarronada


Chegamos na casa do senhor Roberci já no fim da tarde, por volta das 17h, onde finalmente comemos a macarronada do diretor. E até que tava boa...


os filhos do senhor Roberci

Lá corremos para aproveitar a luz que restava do dia e já gravamos com o senhor Roberci e sua família. Armamos nossas redes em uma confortável casa de madeira que foi cedida pelo senhor Roberci, enquanto o sol caía num céu colorido.


nosso hotel cinco estrelas

o pôr-do-sol colorido





No outro dia, ainda de madrugada, acordamos e arrumamos nossas coisas para retornar a cidade.Por volta das 5h30min, a equipe se dividiu e Pedro, o técnico de som, e Assis, o diretor de fotografia, seguiram viagem no barco do senhor Roberci, enquanto o resto da equipe foi no barco de apoio.





A viagem foi tranquila e o filme daqui pra frente tem outro ritmo. Desistimos da BetaCam e agora estamos filmando em HDV. Mais movimento, aproximação, outra textura...









Fotos: Talita Oliveira e Pedro de Sá

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

O mergulho

A casa é simples, de madeira, no meio da lama no bairro Vitória. Fomos só eu, Silvio e Elissandro( o outro rapaz que mergulhou). O resto da equipe ficou no carro, o contato deveria ser o mais tranquilo possivel.
Dificil falar em tranquilidade diante da situação que presenciamos. O jovem nú, a não ser por um pequeno lençol lhe cobrindo, uma sonda urinária e a cama no meio da sala. O rapaz não anda mais.
Vem o grande baque, o documentarista frente a seu personagem, a sua tragédia. Inúmeras questões éticas e conceituais. Como abordar ? Como não cair no lugar comum ?
A mãe de Fábio, este é seu nome, falou o tempo todo, abriu sua casa e seu drama para nós, que atentos, buscavamos fôlego.
Está desempregada, o marido doente e as dificuldades são inúmeras. Desde a falta de grana, a rua enlameada, a locomoção do rapaz. Um desabafo, uma esperança.
Silvio deixou claro que faremos o possivel para ajudar , sem criar esperanças. O rapaz então reclamou das dores que sofre e disse que pode participar do documentário. Sua história, seu mergulho, o rio.
Fala manso, calmo, triste. Sua relação com o rio foi trágica.
No fim de nosso encontro, o outro rapaz que também participou do mal sucedido mergulho no Rio Acre quase seco, segurou lhe as mãos, parecia ter compreendido a dramaticidade da situação do amigo e ficou ali uns 15 minutos, ouvindo o amigo falar de suas dores.
Saímos secos dali. Pensando o que podíamos fazer. Concluimos que o melhor no momento é encontrar um bom médico para ele, a fim de ter uma avaliação mais precisa de sua situação.
Desta vez o mergulho foi profundo em águas rasas.

domingo, 9 de novembro de 2008

Continuamos na pesquisa...

No sábado saimos para mais uma pesquisa e como sempre tem acontecido,

novos personagens tem se apresentado para o Mergulho.

O Mergulho (131)

Vista das pontes no centro da cidade

O Mergulho (31)

Equipe caminhando pelas ruas do bairro Cidade Nova

O Mergulho (12)

Luis Avelino é catraieiro ha 11 anos na Cidade Nova

O Mergulho (70)

Rosangela Martins, catraieira, pescadora, ribeirinha... o rio é o seu sustento e

sua vida.

O Mergulho (129)

As casa pendem no barranco... a qualquer momento, com a alagação, elas podem

também fazer o seu mergulho...

O Mergulho (136)

Infelizmente este também é um dos nossos personagens

O Mergulho (128)

O Rio Acre e o símbolo da nossa terra...

Fotos: Dhárcules Pinheiro

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Possíveis personagens....



Desde da última quinta-feira (30), a equipe do Mergulho anda zanzando por aí atrás de gente que gosta de contar história, gente que gosta do rio, gente que precisa do rio, gente que vive dele, gente que passe por cima, que passe por baixo, pelos lados, voando... E eis que estamos facilmente encontrando várias pessoas bacanas. Olha só algumas delas:


Aldemir Moraes Lima (1)
Construtor de barcos

Nasceu no Seringal Laranjal, em Tarauacá-AC. Com 8 anos de idade, o senhor Aldemir construía barcos pequenos, de brinquedo. Como era muito curioso, observava os mais velhos que construiam barcos e assim foi aprendendo. Aos 14 anos, comprou sua colônia e começou a se sustentar sozinho, através do ofício de construir barcos. Aldemir gosta do rio e, na sua opinião, o rio está bom.






Eurico Brás Rocha (2)
Agricultor
Morador da colônia Santa Rita, planta frutas e verduras e, de 15 em 15 dias, vai até o mercado para vender sua produção na Feira Orgânica. Na opinião do senhor Eurico, o rio já não está tão bom quanto antes.Ele acredita que uma das causas da degradação do rio sejam as 'dragas' que puxam areia do fundo do rio.






Antônio Viana de Araújo (3)
Catraieiro
Trabalha no catraia da 6 de Agosto pelo menos 4 dias na semana. Ele teme que a construção da ponte da 6 de Agosto prejudique o trabalho dos catraieiros.









João Erculano de Albuquerque (4)
Construtor de barcos

Nasceu em Tarauacá-AC e faz barco desde os 7 anos de idade. Sua mãe não gostava, mas seu pai sempre apoiou, pois tinha fé que esse ia ser o trabalho do filho. Senhor João já foi seringueiro, pescador, e hoje em dia trabalha com serviços de carpintaria e construção de barcos. Na opinião do senhor João, o rio continua bom como sempre foi.






Francisco das Chagas Marques da Silva (5)
Pescador
Francisco, 69 anos, nasceu em Tarauacá-AC. Antigamente pescava mais, somente pro seu consumo. Porém, hoje em dia ele quase não pesca , pois conta que há pouco peixe no rio. Segundo ele, a liberação de licença para pescar , emitida pelo governo, contribuiu para diminuir o número de peixes, pois com a licença surgiram mais pescadores.






Senhor Elias da Silva (6)
Pescador
Elias pesca desde 1993, e tira do rio o seu sustento. Reclamou que os comerciantes não estão valorizando o peixe, querendo comprar dos pescadores por um preço muito baixo. Diz ainda que a profissão de pescador não é fácil e muitas vezes o lucro que ganha é tão pouco que nem dá pra comer.










Fotos: 1,4 e 5 - Dhárcules Pinheiro

2,3 e 6 - Talita Oliveira

domingo, 26 de outubro de 2008

Primeiro mergulho



Silvio mergulhando...


As 7h da manhã desse domingão(26), estávamos no Mercado Velho esperando o batelão chegar para iniciarmos o nosso primeiro mergulho no Rio Acre.


Pequena Grande Equipe!


Descemos até o porto para abastecer e depois fomos subindo, observando as margens do rio, seus elementos, curvas, ritmo da água, a poluição, a beleza, as catraias, as pontes, as pessoas e a relação delas com o rio. Conversamos, pensamos nos lugares, nos personagens, fizemos algumas imagens entre vídeos e fotografias, visitamos a Cachoeira do Riozinho e almoçamos em um restaurante modesto, as margens do rio.


Catraieira rema...


Depois do almoço, seguimos descendo e demos sorte de pegar uma chuva no meio do caminho... sim, era isso que a gente queria, chover no molhado! Continuamos até um pouco depois de onde deságua o Igarapé da Judia e retornamos para o Mercado Velho, finalizando a nossa primeira linda viagem ao Rio Acre.


Chuva boa...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Rio Hoje


Um mergulho no rio que também traz a morte, dele e de nós, vós.
Que causa repulsa, pena, indiferença, medo...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Mergulho

Doc TV - Acre

O Mergulho é um documentário sobre efetividade. O Rio Acre é o nosso objeto e os sujeitos são os que olham, não olham, banham-se, bebem, saltam, amam, lembram e os que não vêem... De hoje até o lançamento do vídeo estaremos acompanhando neste blog toda produção do documentário.